sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lição do dia

Como de rotina, perdi a hora, peguei o metrô lotado pra vir pro trabalho de ressaca ainda por cima pensando... QUE MERDA DE DIA QUE EU TÔ TENDO. Quando na saída do metrô eu espero ansiosa pra que o sinal feche logo e eu consiga atravessar a rua, afinal de contas eu estava atrasada. E nessa fração de minutos em que eu esperava um carro estaciona na calçada em que eu estava, dentro de carro tinham 3 idosos, o homem abriu o porta malas e tirou dali uma cadeira de rodas, uma senhora saiu do banco de tras e abriu a porta do carona, onde havia outra idosa, com deficiência. Sem muito sucesso enquanto o homem segurava a cadeira de rodas a mulher tentava tirar a senhora do banco para a cadeira.. e como eu disse, não conseguiam, e aquilo realmente me incomodou, e ntão me ofereci pra ajudar .. com a idosa já na cadeira de rodas o homem virou pra mim e disse "Obrigado filha, eu sofri um infarto tem menos de 2 meses e não posso fazer esforço, você apareceu como um anjo aqui " isso dentro outros milhares de elogios que eu recebi, e na minha cabeça eu tinha pra mim que eu não tinha feito nada além do meu dever... me despedi e virei, quando virei ele tocou meu braço e disse a seguinte frase " Quem não vive pra servir, não serve pra viver "  e me desejou um ótimo dia. Enfim, atravessei a rua, e na caminhada até o trabalho vim questionando, porque uma atitude tão simples, merece tanto agradecimento? Tinha diversas outras pessoas na calçada esperando para atravessar e ninguém tinha notado o que tava acontecendo? Foi quando eu cheguei a conclusão que a geração em que vivemos é egoísta, onde todos só conseguem ver seus próprios interesses e necessidades, e não conseguem enxergar além, ver a necessidade do próximo... Cheguei a conclusão que somos uma geração surda, que não tem interesse em ouvir dos mais velhos os ensinamentos que eles tem, que prefere aprender com os erros do que seguir conselhos... Cheguei a conclusão que vivemos em uma geração que se auto destrói. Não é normal o mundo que vivemos, onde as pessoas não sabem o que é ter compaixão, onde um pai joga uma filha da janela, onde uma criança é arrastada por quilometros... uma sociedade que não respeita o próprio lugar onde vive.
Eu ganhei meu dia ajudando aquelas 3 pessoas, minha ressaca passsou, meu humor melhorou... Será que falta muito pro resto do mundo ver que existe o resto do mundo?
Fica a duvida .

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

No mês internacional da troca...

No mês internacional da troca tem casal realizando o desejo erótico reprimido. Tem gente que nem sequer fica no empate, quer trocar de parceiro definitivamente.Tem gente trocando a dama pelo cavalo, vê se pode. Tem gente trocando um montão por trocado. Tem gente que tem trocado uma de 40 por duas de 20.

Trocaram tiros, trocaram farpas, trocaram passes, trocaram biscoitos, trocaram o uniforme no final do jogo, trocaram sal por açucar no café e na pipoca, distraído. Trocaram de carro anteontem; trocaram de casa ano passado; trocaram de mesa; trocaram a comida fria e limpa pela comida quente e cuspida. Bem feito.
Pois tem gente que troca globo por record; que troca a micareta por um só; que troca Paquetá por Marajó. Tem gente trocando o doze anos por leite; o MC por DJ; o DJ por VJ; e o VJ por qualquer modelo mesmo. Tem gente então que troca modelo por gordinha; a rúcula por coxinha;Ana Hickman por baixinha; a paz por faxina.
Já trocaram o Papai Noel pelas camisas brancas de reveillon; o São Paulo pelo Flamengo no coração; o sapato pelo chinelo novo; o jazz pelo carnaval; a primavera pelo verão; o assado pelo cozido; só não trocaram ainda meu nome porque a numerologia não permitiu. Trocaram as bolas do meu bilhar; as asas da minha imaginação; trocaram o beijo pelo aperto de mão. Trocaram de lado os inimigos; trocaram de laços os amigos; amigos que trocaram abraços por beijos. Tem gente que já trocou o lado de cá por inverso; trocou o prédio pelo brejo; a Avenida 25 de Março pelo interior do Espírito Santo.
Tem gente que troca os pés pelas mãos; os "sims" pelos "nãos"; mas o talvez impera. No mês internacional da troca dos presentes que não serviram no dia 24 a noitinha, eu não to querendo trocar nem olhares. Porque os meus presentes sempre são sob medida. Meu último, e em 18 anos o meu melhor, presente foi você.