quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Autor Desconhecido

“E eles se amam, realmente se amam. Será que foi burrice minha te entregar ,assim , de mão beijada. Espera! Eu não te entreguei, afinal nunca lhe tive. Era tão bom no começo, achava que você era o meu príncipe. Toda noite eu riscava no calendário os dias que se passavam pra o tão sonhado encontro. Eu estava disposta a tudo e por isso passei esses anos te esperando. Era lindo ouvir você dizer que me amava,que iríamos conseguir ficar juntos no fim das contas, contas que não foram pagas a tempo e por isso hoje estamos arcando com as consequências. Durante esse ensejo muitas mulheres apareceram na tua vida, e para esses teus envolvimentos eu sempre arranjava desculpas, mas algo em mim sussurrava que um dia durante esse tempo que você delimitou para o nosso encontro, alguém iria tomar o teu coração, alguém iria ser diferente das outras, conseguiria deixa – lo em um estado de transe, de embriaguez do modo como você ainda me deixa. Eis que ela chegou e hoje é tua dona e agora como irá ficar a minha pessoa? Sem satisfações terei eu que marcar pegadas no asfalto bruto, é difícil pois quando nos acostumamos com a areia da praia não pensamos no quão quente e rachado é o chão das ruas, que hoje se assemelha com meu coração. Um dia isso passará, a chuva virá e irrigará tais rachaduras.”

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