quarta-feira, 23 de março de 2011

Falta que me faz.

Bem, hoje eu não escrevi nada no meu caderno, nem abri o bloco de notas pra digitar algo, não separei nada do Caio Fernando, nem da Clarice, não twittei tanto quanto o de costume, não li cartas de amor, nem música eu ouvi, não pensei em nada pra postar no blog, deve ser por isso que estou escrevendo diretamente aqui.
 Não sei o motivo claro de estar escrevendo tanto sobre a mesma coisa ou pessoa, mas é que ultimamente está sendo difícil não recordar. Sempre que vou dormir, eu peço pra sonhar com você e Deus sempre me atende. E nos meus sonhos, eu sempre te tenho, estou sempre feliz, completa. Mas quando eu acordo, volta tudo ao normal, a realidade vem de encontro a mim e volto a sentir sua falta.E ai eu volto a sentir falta de tudo, dos sorrisos, dos beijos, dos abraços quentes, das risadas, do toque das mãos, até das brigas tolas e dos ciúmes bobos, seus defeitos então, sinto falta de todos. E quando paro pra pensar nisto tudo, de repente me sobe uma raiva que me domina, que toma conta da minha alma, porque alguém ocupa tanto espaço dentro da gente? Fico com mais raiva ainda, quando me lembro das tardes que tivemos juntos. Aí vem a tristeza, a agonia de não poder repetir, porque você não está mais aqui. Eu entro em desespero, fico lutando contra o choro, mas ele sempre me vence. Ele me vence, judia de mim, me corta por dentro, acaba comigo, fico chorando em silêncio por tanto tempo. Quantas vezes chorei por você, nem me lembro mais... Quantas vezes fiquei encarando o celular esperando uma ligação, quantas vezes sai de casa na esperança de te encontrar por aí, quantas vezes tentei te ligar, mas meus dedos travaram, quantas vezes olhei suas fotos, quantas vezes tentei me enganar dizendo pro meu coração que não sinto nada, quantas vezes precisei me segurar pra não chorar no meio da multidão quando você estava próximo, quantas vezes deixei de viver pra viver por você e pra você, quantas vezes tentei não pensar e pensei o dobro, quantas vezes ouvi aquela música que marcou pra mim, quantas vezes tentei dizer que preciso de você, quantas vezes te ignorei achando que era a solução, quantas vezes precisei de você, quantas vezes procurei o teu sorriso em outras bocas, quantas vezes achei que você ia voltar mas não voltou, quantas vezes me lembrei que não sou a mesma sem você. Quantas vezes? Inúmeras, milhares.
Tenho vivido com a sua ausência e é essa ausência que tem me preenchido. Sua ausência se tornou presença. 


Tenho sobrevivido assim, de sonhos, de fotos antigas, de lembranças, de saudade, de falta, de muita falta.

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