(...)  Portanto, em vez de estarmos sempre e  exclusivamente ocupados com  planos e cuidados para o futuro, ou de nos  entregarmos à nostalgia do  passado, nunca nos deveríamos esquecer de que  só o presente é real e  certo; o futuro, ao contrário, apresenta-se  quase sempre diverso  daquilo que pensávamos.  O passado também era diferente, de modo que, no  todo, ambos têm menor  importância do que parecem. Pois a distãncia,  que diminui os objectos  para o olho, engandece-os para o pensamento. Só  o presente é verdadeiro e  real; ele é o tempo realmente preenchido e é  nele que repousa  exclusivamente a nossa existência. Dessa forma,  deveríamos sempre  dedicar-lhe uma acolhida jovial e fruir com  consciência cada hora  suportável e livre de contrariedades ou dores, ou  seja, não a turvar com  feições carrancudas acerca de esperanças  malogradas no passado ou com  ansiedades pelo futuro.  
Pois é inteiramente insensato repelir uma boa hora presente, ou estragá-la de propósito, por conta de desgostos do passado ou ansiedades em relação ao porvir.
Pois é inteiramente insensato repelir uma boa hora presente, ou estragá-la de propósito, por conta de desgostos do passado ou ansiedades em relação ao porvir.
Arthur Schopenhauer 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário