quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre ser livre .

Eu quis saber o que era liberdade.
Quando pequena, pensava que ela viria aos 18. Chegada essa data, percebo que meus vôos ainda dependem de outras asas.
Fui confrontada com uma concepção de liberdade com a qual não concordava, mas, nem eu mesma sabia como responder à minha própria pergunta.
A sua liberdade era não depender de muito mais neste mundo além de si mesmo. Era viajar por onde quisesse, ir e vir dentro de si mesmo e do mundo. Era saciar-se dentro de suas próprias convicções, bastar-se à si mesmo.
Me pus à pensar, e , pensando aqui estou. Mesmo que o que eu escreva seja inconclusivo, eu vejo a dádiva na ousadia do tentar.
Penso e peço que liberdade não se confunda com conformidade. Pois, há quem se prenda nos grilhões de sua própria liberdade...
Os meus olhos não a vêem no tempo parado, minha liberdade é encontrada no brilho de outros olhos.
Eis o mistério que hoje acendeu as minhas estrelas!
A minha liberdade é a minha pertença. É ser do céu e das estrelas e escolher morar na Terra. São as minhas raízes, os meus laços, os meus antepassados, as pessoas com quem convivi, as outras tantas que cativei, as escolhas que fiz e as escolhas que me fizeram ser. Minha liberdade está nos erros em que acertei, nas músicas que ouvi.
Se eu dissesse que conheço o mundo, mentiria. Mas o que é conhecer o mundo perto da magia de compreender apenas um coração? Esse mistério é mais bonito e por ele eu largo tudo. Certas coisas, certas raridades, certas pessoas, certas almas, valem mais. E esse ouro não se retira no banco.
Essa é a questão. Tenho as mais raras e belas coisas, mas não as possuo, muito menos sou possuída por elas.
Ser o possuidor de um mundo e escolher pertencer a algum lugar. Carregar o Eterno na Alma e escolher outra Alma para partilhar da centelha. Ser uma fagulha dentro de um universo e mesmo assim, brilhar!

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