sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

E se...

Confusa e magoada. E ela estava sozinha e não queria outra vida. Amigas, festas, vários telefonemas e mensagens por dia e sem compromisso algum, um cara para cada dia da semana. Entre todos esses, um diferente, incrivelmente errado e certo ao mesmo tempo. Um encaixe perfeito dos lábios dele nos dela, uma química que nem o maior gênio conseguiria explicar, uma mensagem que chamou a atenção, um suspiro descontraído e até mesmo despercebido sem a menor explicação. Um envolvimento incrível, um bem de fazer ir às nuvens. Pouco tempo, muita intensidade. Mil mensagens de mil pessoas por dia chegavam até ela, enquanto só se esperava a de uma única pessoa. Olhava o celular a cada 5 minutos, sentia o coração desparar, se pegou pensando no meio da aula de marketing naquele, só naquele. Quis estar sempre perto, quis só pra ela, quis ousar, gostar. Gostou e se deparou com uma surpresa, uma ironia, uma pedra no caminho que com certeza pode ser removida. Desceu os degraus correndo e pegou o telefone na esperança de ouvir qualquer coisa, ainda que fosse incompreenssível ou indagadora. Cada neurônio concentrado a uma única maneira, a uma única situação, a uma única saída. Pareciam ter voz e gritar mil alternativas, mil frases prontas. E se ela não tivesse, no meio de tanta gente, escolhido a ele? E se ele não tivesse, entre tantas outras, gostado dela?  E se ela não se arrepiasse por inteira com o toque dele, se ele não se encantasse e chegasse até a se perder nos jogos dela? E se…  E se não fosse com os dois, um olhar dela, uma ousadia dele, um encontro, uma sorte. Então, como seria…?


* Escrevi esse texto em 2009 e ele não reflete em nada o momento em que minha vida se encontra hoje, mas resolvi postar ele aqui hoje não sei bem pelo o que. Talvez a questão do "E se... " ainda persista na minha cabeça, e talvez a mesma saudade que senti quando escrevi esse texto, eu esteja sentindo agora, não com a mesma intensidade de antes e até mesmo as dúvidas que eu senti na época não me atormentam como hoje. Não me questiono mais com o "e se" pois sei que sempre fiz a minha parte, porque eu sempre corri atrás do que eu queria. Mas se não foi, é porque não era pra ser, e o conformismo veio com o tempo, e por mais triste que tenha sido tudo isso pra mim nos últimos tempos hoje eu estou reestruturada, e hoje eu tenho um ser que trouxe mais do que felicidade pra minha vida. E eu não tenho mais medo de expor meus sentimentos em uma página de internet, pois eu não tenho mais duvida deles. E não tenho mais medo que usem eles contra mim, depois que se veste a armadura, é muito mais fácil de não se magoar, muito mais fácil da boca dizer não, quando o coração grita um sim . 





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